região central

Bloco cirúrgico e leitos clínicos do Hospital Regional serão abertos na quarta-feira

Leonardo Catto

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Arquivo/Diário)

O Hospital Regional finalmente terá leitos para outras especialidades e um bloco cirúrgico, como os santa-marienses esperam desde o primeiro anúncio, ainda de 2013. O bloco cirúrgico e leitos clínicos do Hospital Regional de Santa Maria serão inaugurados nesta quarta-feira em uma cerimônia que vai marcar a abertura dos novos espaços. Desde que o hospital foi inaugurado, em 2018, só tinha atendimento ambulatorial e, desde o ano passado, abriu os primeiros leitos usados de forma exclusiva para pacientes de Covid-19.

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A solenidade vai ocorrer pela manhã no próprio hospital. Entre os presentes, estarão o governador Eduardo Leite (PSDB) e a secretária da Saúde Arita Bergmann. A agenda completa da comitiva do Piratini será divulgada na terça-feira, véspera da abertura.

HISTÓRICO

  • O Hospital Regional foi anunciado em 2003. Até o ano de 2007, o endereço que abrigaria o empreendimento mudou três vezes, até que ficou definido que seria no Parque Pinheiro Machado 
  • Em 2018, o Ministério da Saúde empenhou R$ 19 milhões para dar início ao empreendimento
  • A construção começou em 2010, mas parou e foi retomada diferentes vezes, além de alterações no prazo de conclusão 
  • Entre 2010 e 2018, o empreendimento teve alterações em prazos de finalização e, depois, de começo dos atendimentos ao público
  • O Hospital Regional de Santa Maria foi inaugurado em 6 de julho de 2018, mas fez o primeiro atendimento no dia 9 de julho
  • Hoje, o Regional tem 30 leitos Covid-19 de UTI e outros 60 clínicos, embora o mapa de leitos do Estado ainda contabilize 30 leitos. Porém, 8 foram fechados depois do pior momento da pandemia 
  • Além dos pacientes em tratamento contra a Covid-19, atualmente realiza uma média de 25 atendimentos ambulatoriais por dia de pessoas que tratam doenças do coração, e especialidades como endocrinologia, angiologia, nefrologia e oftalmologia, além de atendimento multiprofissional em saúde

O REGIONAL
A inauguração oficial do Hospital Regional foi em 2018, às vésperas do início da campanha eleitoral. O primeiro paciente foi atendido em 9 de julho do mesmo ano. No começo dos atendimentos, funcionava ali apenas um ambulatório para diabéticos e doentes crônicos, sem leitos de internação, sob a administração do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul. Em agosto de 2019, passou a operar também um ambulatório de cardiologia, ainda sem internações. Até julho deste ano, os ambulatórios já realizaram mais de 15 mil atendimentos, em um total de 113 mil consultas.

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Atualmente, ainda sem operar em toda sua capacidade, o espaço é referência do Sistema Único de Saúde (SUS) no tratamento de pacientes com Covid-19 e conta com dois ambulatórios. Porém, 11 anos após o início da construção, em julho, ainda não se tinha previsão para abertura dos leitos restantes (o hospital comporta mais 100) e início de internações de pacientes não Covid, o que ajudaria a desafogar a demanda do Hospital Universitário (Husm), por exemplo.

AVANÇAR RS
A estimativa para o bloco cirúrgico começar ainda em 2021 já havia sido prevista pela direção, porém, sem data certa. Além disso, o governo estadual anunciou R$ 8,82 milhões para o hospital por meio do programa Avançar.

No Regional, são previstas uma unidade de cardiologia de alta complexidade e uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), com implantação de serviços de hemodinâmica, UTI cardiológica e vascular e UTI geral. 

LEITOS FECHADOS E DEMISSÕES
Com o avizinhamento da abertura do bloco cirúrgico, o hospital abriu o Centro de Material Esterilizado (CME) próprio. A abertura do CME fez necessárias novas contratações. Além disso, o setor de medicina do trabalho, que era terceirizado, foi integrado. Por outro lado, com menor demanda de internação, oito unidades de terapia intensiva (UTIs) foram fechadas. O painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde (SES) ainda aponta, nesta segunda-feira, 38 UTIs no hospital.

Devido às mudanças, parte da equipe foi demitida em setembro. Na época, a direção não informou o número de pessoas dispensadas, mas garantiu que o saldo entre contratações e desligamentos foi positivo e considerou a possibilidade de retorno de pessoas desligadas quando o bloco for aberto. A reportagem do Diário questionou a direção sobre possíveis recontratações, mas ainda não obteve resposta.

EXPECTATIVA
Não há definição sobre quantos profissionais terão de ser contratados. Até as 20h de segunda-feira, a reportagem questionou a Secretaria Estadual da Saúde (SES) sobre o funcionamento do bloco cirúrgico e o atendimento dos novos leitos, mas não obteve resposta. Também não foi dito se serão reduzidos o número de leitos clínicos Covid, com menor demanda, para a abertura destes.

Fontes ligadas à SES esperam que sejam abertos de 20 a 30 leitos, além de uma sala cirúrgica. A indefinição se estende às possíveis especialidades que serão contempladas nos espaços novos.

A expectativa é que esses detalhes e outras informações sobre o novo bloco cirúrgico e os novos leitos do Regional sejam acertados e divulgados nos próximos dias. Na quarta-feira, quando o governador e a secretária da Saúde Arita Bergmann estiverem em Santa Maria, haverá uma coletiva para a imprensa junto de autoridades locais.

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